CLICK HERE FOR BLOGGER TEMPLATES AND MYSPACE LAYOUTS »

sábado, 20 de junho de 2009

NOSSA LITURGIA DE AMOR




Ato I

N´uma época distante,
Surgiste em total clamor
Mia rainha divagante
Aquela a qual doei todo o me´amor

Em teu semblante desnudo
Percebi a dual criatura que eras
Essa que sempre pertenceu a meu mundo
Tomando o meu coração, deveras

Quiçá poderia eu ser um poeta profano
Ou um guerreiro à moda antiga
Mas do fundo dess´alma, de me´âmago
Sou o rei que tanto te desatina

A sorte, em momentos, esteve conosco
E a vida, em lamentos, nos separou
Jamais esqueci seu ser portentoso
Esse que a meu orbe, há tempos me desejou

Com muito labor procurei tu´alma
Esse ser que por tempo desejei
Esse brilho de teu espírito em aurora
Por ti de meus pudores me desvinculei

Oh! Deusa-ninfa e ninfomaníaca
Bruxa-guerreira de meus sonhos
Tu és mia dançarina afrodisíaca
O sopro noturno oriundos dos ventos

Não mais perdeis teu tempo
À falta de meu orbe junto ao teu
Vinde céleres ao nosso recomeço
Sou o homem que a vida te prometeu


Ato II

Agora. Das janelas de mi´alma te avisto
Em descomunal dança frenética
Como um cigano fogoso, te conquisto
Em espasmos de prazer, como uma doença epilética

Dança-te semi-nua a mia fronte
A desgrenhar tuas madeixas sobre mim
Excita-me em teus véus e me devores
Regozijes ao prateado luar em seu serafim

Permaneças fixando teus olhos aos meus
Envolvendo-me em teus passos eróticos
Balances teu corpo e jamais me digas adeus
E em júbilo eterno soemos nossa poesia sádica

Profiras meu nome com teus lábios em absinto
E lambuzes esses lábios que tanto lhe almejam
Sorvas o sabor da saliva de meu espírito
Revivendo as vidas remotas que um dia nos tiraram

Vigiemos as profundezas de nossos abismos
Como duas sentinelas em prontidão
Zelemos por nossas vidas e destinos
E caímos em lascívia e total tentação

De fronte à fogueira de Beltane
Queimemos todos os nossos carmas
Jazidos em um féretro negro e langue
Para livrarmos de todas as amarras

Doa toda tua astúcia ao teu homem
Este que te espera embaixo do carvalho
Continue tua dança para ao teu consorte
E te entregas em plenitude sem desespero


Ato III

Agora venhas! A desnudar meu corpo
E infringir mi´alma
Me atentas! A fustigar me´eu absorto
Cultivas-me, dama mia

Reboles serena em mia fronte
Mostras a astúcia de tua dança
Rasgues mia roupa, me açoites
Para eternizarmos nossa bio-dança

Beijas o bálsamo de mia boca
Essa que unge todo o teu corpo
Pule frenética feit´uma louca
Desabando-te em mim, sou teu lobo

Mordisques todo o meu pescoço
Puxes minhas madeixas negras
Rasgo tuas espáduas e te mordo
Dou-te banhos inteiros de língua

Como uma abelha, pouse sobre meu mel
Sorvas todo o suor de mia tez
Sou teu homem, teu deus, o teu réu
Esse que te envolve d´uma só vez

Como uma tempestade, caias sobre mim
Adociques com tuas gotículas toda minha parte
Naufrago em teu mar a possuir-me assim
D´uma só vez a afogar-me em ti, mia deidade

Entrelaça-te agora com tuas pernas
No suor concupiscente de meu ser
Balburdia-te em minha virilha, sem tréguas
E espremas meu falo a te enaltecer


Ato IV


Livre de todos os pudores desse mundo
Profanes meu corpo nu,a te pertencer
Abocanhes meu falo e me faças mudo
Amemos-nos até o nosso padecer

Em teu corpo jorro a bebida bacante
Subo e desço co´mia língua serpentina
Saboreio o sabor adocicado e inebriante
Fazendo de teu corpo a mia taça cristalina

Sintas o pulsar de meu membro rijo
Ereto em tua boca melíflua
Sintas a medida, engula esse falo
Que mela toda tua garganta

Com tuas garras afiadas rasgues o meu peito
Espremas os róseos mamilos que me orna
Adocica-te no suor tempestuoso de meu leito
Vinde cá, mia tesa dama sem mais demora

Debruça-te a mia frente
Quero enfiar mia língua em ti
Sintas o pulsar quente
Abra-te agora, te quero assim

Puxo teus cabelos ao vento
Escancaro o ângulo de tuas pernas
Deleito-me atônito em teu ventre
Desprendemo-nos agora, de nossas quimeras

Oh! Mia deusa lua
Entrega-te ao teu sol
Quero-te assim, inteira nua
Pratiquemos para sempre nosso ritual


Ato V

Sinto agora o eflúvio de sua vulva
Rósea e olorosa a me excitar
Lambuzo-te completa e sem injúria
Levas-me ao teu reino a mim popular

Ditemos agora nossas próprias regras
Longe da nefanda crueldade humana
Tomas meu espírito, dou-te as rédeas
Dessa enlanguescida paixão profana

Como uma felina posiciona-te de quatro
A sentir o calor de meu pênis
Apenas com a glande agraciarei-te de fato
Sou um nobre homem, um dos mais gentis

Pressionas teu corpo contra mia virilha
Fazendo-me penetrar ainda mais
Sinta a espessura e o calor dessa vara rija
A abrir tuas regiões abissais

Sou um dragão em chamas a te devorar
O tigre voraz a te arranhar
O grasnado do negro corvo a te encantar
E o guizo da serpente a enfeitiçar

És a deusa lasciva que de mim se apossa
A cruel e delicada deusa das videiras
Uma valquíria a saciar mia luxúria nebulosa
A rainha descomunal, mia égide guerreira

No calor desses momentos tão intensos
Guiarei as expressões de tua voz
Proferindo a devassidão de meus lábios
Ouvindo teu sussurro algoz


Ato VI

Rebolas incessante em meu membro
Cavalgue na luxúria de mia carne
Arrebitas tuas nádegas ao alto
Sintas o prazer a rasgar teu cerne

Quero tua vagina doce a engolir meu pau
Saboreando cada parte minha desejosa
Cantemos nossos hinos langorosos a um sarau
Foda com mia vara ereta e dadivosa

Como uma puta berres para todos ouvirem
Grites o quão me queres, sem mais paúra
Pego teu corpo com mias mãos a te dominarem
Mordisco teus fartos seios, mia deusa nua

Permaneças deitada com teus flancos à mostra
Quero agora penetrar-te todinha
De ladinho, me aconchego por trás, mia gostosa
Sintas meu doce pau. Meladinha

Mordisco teu pescoço e sussurro ao pé de teu ouvido
Aperto teus seios e escorrego meu dedo por trás
Delicia-te majestosa esfregando-te em teu marido
Esse que de alma, casou-se por eras atrás

Quero sentir o teu gozo chegando ávido
A melar toda a espessura de meu membro
Amo a textura de seu sexo intacto
Goza-te e durmas tranqüila em meu leito

Sinto o calor de teu gozo em mim
Sinto sêmen sagrado que daqui se esvai
Quero por demais te amar e te querer assim
Por fim me amas e não me percas jamais.

0 comentários: