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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Seminário...Sussurros secretos!










CAPÍTULO I
Temores da vida!

Por anos fui padre, infelizmente ou felizmente nem sei, eu tive uma vida religiosa dedicada que levava a sério essa vida de regras e abnegações. Mais tarde decidi sair desse barco ou colocaria com meus atos insanos e impulsos sexuais, o barco vocacional a deriva sem volta sendo excomungado!

Ainda padre aos 22 anos...
Nova turma que eu daria aula de teologia, apresentações formais, observava atento cada aluno e como num passe de mágica me senti inteiramente atraído e envolvido por um aluno que demonstrou seu fascínio por mim. Passei dias e noites em claro orando, tentando punir-me daqueles pensamentos eróticos e tentadores com meu aluno, tentei e tentei muito deixar de lado instinto sexual, parecia ele ter-me dominado.

Matias José 19 perto dos 20 anos, veio transferido de outro seminário, alto, corpo malhado por esportes que praticava, moreno de pele branca, olhos cor mel esverdeado, sorriso perfeito...
Por ordem superior eu teria que passar quarto por quarto conferindo se eles estavam bem durante a noite.

Ao entrar no quarto onde se instalara meu aluno Matias José, olhei direto como imã nossos olhares. Pediu-me licença para ir ao banheiro, permitido ele foi.
Passando por mim saindo no corredor, devorou-me com olhar sedutor, estremeci abaixando minha cabeça revidando a tentação que transtornava meu ser. Continuei a tarefa de fiscalização. Tudo conferido passava por um corredor deveras escuro indo dormir quando fui surpreendido por alguém me puxando violento pra baixo da escadaria grudando-me num beijo molhado e apaixonado.

Forcei a separação de nossos corpos, assustado e ouvi um sussurro: ­
— É o Matias, professor Leonardh?!
— Está maluco Matias, o que pensa que está...

Novamente pulou em meu pescoço me beijando e pra meu descontrole, meu membro pulsava levantando minha batina, que desespero. Senti-me mal, não queria àquilo mais estava bom e nunca eu havia nem se quer me masturbado por que eu seguia rigoroso juramento de abstinência sexual àqueles anos como padre...
— Deus, eu não posso, nós não podemos Matias, pare, por favor, sabe que é errado isso tudo, não sabe?
— Sei padre Leonardh, me perdoe, isso não se repetirá mais, só não fala a ninguém, por favor!
— Claro que não falarei nada, agora vai pro seu quarto ore e durma!
— Sim padre, desculpe!

Saiu correndo pro quarto, eu estático o olhando sumir nos corredores do antigo castelo onde fora doado e usado como seminário seráfico. Encostei-me na parede ainda sem crer no que acontecera, precisava evitar novamente nosso erro...
Tentei em vão!

Passaram-se alguns dias, discreto Matias deu-me seu caderno pedindo sugestão de um tema que estudavam. Bateu com seu dedo indicador no bilhete dobrado dentro do caderno pedindo que eu lesse...

Dizia somente:
“Eu Te quero padre Leonardh”!
Olhou-me sorrindo discreto apertando seu membro ­mostrando estar disposto me tentar, o meu respondendo aos apelos dele mesmo escondido embaixo da batida onde pela primeira vez eu toquei meu membro por baixo da escrivaninha e com desejo sexual...
Pecado?
Não sei eu não queria, era mais forte que eu.
Orar?
Nada adiantava orar levantando minha batina com meu membro ereto e respondi no bilhete com outro tipo de letra, não minha habitual:
— Depois Matias José?!
E depois...

CAPÍTULO II
Susto, meu primeiro orgasmo!

E depois de dar aula na turma dele segui para outras turmas que me aguardavam, sai sem coragem de olhar Matias, as horas pareceram voar e foi-se à tarde! Na última aula arrumei minha mesa e saindo da sala Matias aguardava no corredor encostado na parece:
— O seu depois poderia ser agora professor?
— Pode Matias José, siga-me, por favor!
O levei a uma sala onde nós padres usávamos para dialogar com alunos seminaristas digamos que, rebeldes, não o Matias José, mas seria menos arriscado conversarmos tranqüilos naquela hora da tarde! Sentamos, ele me olhava ansioso tentando descobrir os motivos que eu o levei na sala de diálogos:
— Sei que errei noite passada padre, mas eu...
— Se acalme, não o trouxe aqui para conversar sobre seu mau comportamento, claro, foi errado sim, mas não o chamei para repreendê-lo por seu ato.
— Para que então?
— Falar do bilhete, por que disse aquilo e por que faz de mim sua vítima de desejos?!
— Quer saber toda a verdade padre Leonardh?
— Sim, é para isso que o trouxe até aqui!
— Nem virgem eu sou mais padre, mas isso nada importa desde que se eu chegar a vestir uma batina como o senhor, eu tentarei cumprir meus juramentos de abstinência sexual, mas aviso, eu tentarei, veja bem?!
— Ninguém está obrigando a ser padre, você é livre para estudar sem se preocupar com o celibato!
— Eu sei padre Leonardh, na verdade estou aqui por vontade dos meus pais, eu nem padre queria ser. Eles me flagraram com outro rapaz num beijo e aqui estou, trancafiado nesse seminário como bem vê!
— Você está enganando a si mesmo Matias José, aqui somente entram àqueles que desejam realmente estudar e tornar-se padre, fala a verdade meu filho?!
— Já vi que não posso esconder muito de você padre... — Rimos — Antes de você, nunca havia beijado ninguém na minha vida e sou virgem, sei que sou gay, isso eu sei de certeza. Certa vez o padre rezou acho que cinco missas na minha cidade e desde então, eu o amo.
— Deeeus... Continue desculpe interromper!
— Juro por Deus padre, eu jamais desejei me apaixonar assim justo por um padre, eu sei que não posso, mas ao te olhar naquela missa tão feliz orando, cantando com amor a Deus, eu me perdi de amores por você e tornei-me assíduo em suas missas. Infelizmente uma missa que eu não fui, minha mãe disse darem notícia que você havia sido transferido a um seminário onde daria aulas de teologia. Desesperado eu te busquei por muitos lugares e me falaram o senhor estar no seminário de onde eu vim transferido para este. Entrei estudar e ser padre, só que no seminário errado e logo descobri você estar neste daqui. Foi difícil convencer a ordem para me deixarem vir para cá, tive de criar a melhor das desculpas da minha vida, mais valeu à pena! Quase tive um treco ao ser comunicado pelo professor anterior a sua aula que seria aula de teologia com o padre Leonardh. Meu coração em um desarranjo de alegria por saber que o veria novamente e agora com maior freqüência. Quando você entrou na sala de aula sorrindo, meu coração galopou na garganta, quase nem consegui me apresentar a você padre Leonardh. Não queria, mas te amei e amo e se o coloco em tentação me perdoe, mas eu senti que por alguma razão, você também me quer padre Leonardh?!
Por tempo nos olhamos, eu tentando achar resposta dentro de minha alma, dentro dos meus angustiados apelos a Deus para que me afastasse os desejos:
— Fala algo padre Leonardh, seu silêncio me sangra o coração como navalha de dois gumes, você também me deseja, não é?
Entrou um superior na sala pedindo desculpas por ter entrado, eu esqueci de virar a placa de ocupado...
— Sem problemas padre, já estamos de saída e Matias José nada cometeu de errado, uns deslizes de novato, sabe como é?!
— Sei sim, logo se habitua, não é Matias?
— Sim senhor padre, eu adoro estar aqui neste seminário, minha vida está por aqui, sabia?!
— Maravilha, outro dom do sacerdócio!
Olhei-o sério indignado com que ele falou ao padre por que eu sabia suas reais intenções de estar alí. Levantei saindo cochichando a ele que sorriu num suave deboche sedutor:
— 200 aves Maria por suas palavras! -Saí-
No corredor andei muito rápido escapando dele antes que me alcançasse. Matias José fazia menção que me sentisse atormentado com seus “ataques sedutores”, sobre mim. Acho que ele se divertia com tudo àquilo, eu assim imaginava e o tempo me provou ele estar realmente me amando e era assustador tudo aquilo, mas era o que ele provou-me ser real! Minhas noites passaram ser de orações contra o que eu sentia em minha carne pulsante, os pensamentos que surgiam em minha mente me tentando a errar, fraquejar em minhas fracas fugas do amor do meu aluno Matias José...
Cansei de levantar na madrugada caminhando na escuridão dos corredores sob a luz de uma pequena vela, sentar-me ler em qualquer canto deteriorando meus desejos sexuais...
“Deeeeeeeus, não me deixe cair em tentação, sou fraco e preciso de sua ajuda meu Pai”!
Eu orava a todo instante, sentindo medo de me apaixonar e não era por uma mulher, era por um homem. Mais estranho me parecia estar acontecendo às coisas na minha vida que tinha sido até então calma, alegre e pacata no sentido das paixões e desejos! Ouvi o arfar de chinelas no piso dos corredores ao longe, fui ver quem poderia ser. Um vulto passou rápido entrando em outra porta, sem medo fui conferir! Entrando perguntei quem estava alí e gelei, dessa vez me assustando de fato dando uns passos para trás gemendo pelo susto.
Pálido eu vi um rosto frente à claridade da vela, sorriu parecendo não sentir-se bem:
— Matias José, que susto me deu?!
— Padre, eu acho que não me sinto bem?!
— Por que desceu atrás de mim?
— Pedir ajuda, eu vi você passar no corredor e vim atrás, preciso de ajuda.
Desmaiou...
Larguei o castiçal na mesa tentando despertá-lo do desmaio e nada adiantava. Assustado o ergui no meu ombro carregando como um saco de batatas subindo uma longa escadaria, mas naquela noite pareciam não ter fim os degraus pelo peso dele. O levei ao quarto acordando aos outros que confirmaram ter se queixado de dores no estômago depois do jantar. Providenciei remédio que aos poucos melhorou adormecendo, nada bom e o cuidei sentado numa cadeira à noite toda ao lado da cama de Matias José. O observei a noite toda se debatendo, suando, gemendo por dores, mesmo medicado. Na janela eu olhava o dia amanhecer, surgiam os primeiros raios de sol aquecendo invadindo o quarto dos seminaristas.
Encostei-me de pé na janela, braços cruzados com o dedo indicador sobre meus lábios, o que isso é mania minha. Olhando Matias José pensando as maluquices que fez para estar junto de mim. Como ele falou-me, não desejava ser padre e não via outra solução se não estudar no seminário que eu dava aulas. Comecei ver em Matias José um rapaz que antes não via, maduro, decidido, disposto a lutar bravamente pelos seus ideais de amor e prazer, mais eu não podia!
Espreguiçou-se ainda deitado e pude ver seu membro ereto levando lençóis, por minutos travei uma guerra com minha ereção o olhando apertar seu membro gemendo discreto. Sentou-se olhando os amigos que ainda dormiam, correu seus olhos na janela que eu estava encostado. Levando um susto disse com a mão no peito:
— Nossa que susto padre Leonardh, o que faz tão cedo aqui no quarto?
— Passei a noite vigiando seu sono, ontem você desmaiou por dores e seus colegas me falaram ser dor de estômago, sente-se melhor hoje?
— Acho que sim, agradeço ter ajudado e cuidado de mim padre, sinto um vazio no estômago!
— Deve ser fome, logo sai o café da manhã, mesmo assim deve comer alguma coisa, vou ver se encontro uma fruta algo assim, tem ainda uma hora de sono!
— Dormi o suficiente, vou tomar um banho e me preparar para as atividades matinais. Estou feliz por ter cuidado de mim padre Leonardh!
— Faria igual a qualquer um dos alunos!
— Isso eu sei padre! — Entristeceu —
Sai em busca de uma fruta, ao retornar no quarto o encontrei de roupão acabando de chegar do banho enxugava seus cabelos, dei a fruta e me disse o que seria dele sem mim ao seu lado segurando forte minha mão.
Sem jeito falei a ele que eu estava ao lado dele e de todos os outros alunos que necessitassem. Puxei minha mão com medo que os outros nos vissem. Mordendo a maçã num sorriso olhando de canto, gesto sedutor e provocante:
— Vou tomar um banho para me acordar direito e dentro de meia hora teremos as orações!
— Obrigado pela força padre Leonardh?!
— Força? Somente para manter-me acordado e ontem subir as escadarias com você...— Rimos —
Fui fazer o que precisava antes das orações das 7 horas da manhã. Duas horas depois no refeitório Matias José tornou passar mal, teve vômito tornando desmaiar. Preocupado meu superior pediu que um dos padres com a manhã livre o levasse consultar e eu o fiz. Chamamos um táxi e seguimos! Aguardando nossa vez, Matias falou-me estar feliz por eu o cuidar com tanto zelo, nem insisti que faria o mesmo a qualquer um dos internos, mas pensei...
“Eu faria a todos mesma coisa, acho que não com a mesma dedicação como a Matias José”!
Consultou e necessitou de internamento, também permaneci junto dele o tempo de sua internação, não poderia largá-lo sozinho sem seus pais junto dele. Na parte da tarde retornei ao seminário buscar roupas a ele e alguns pertences que me pediu e durante a tarde dormiu pela forte medicação quase até o anoitecer cometi um erro, não venci a curiosidade.
Li seu diário que deixou aberto no criado mudo do hospital, parecia desejar que eu o lesse deixando suas confidências à exposição de todos que entrassem! Peguei-o, pois uma enfermeira aplicando mais soro enquanto ele dormia, lia o diário aberto. Pedi licença gentilmente e o fechei deixando entre minhas mãos com indicador marcando a página que ele havia escrito algumas poucas linhas antes de adormecer!

Lendo seu diário ele contava sua felicidade apesar de doente e internado, estar muito feliz por que junto dele estava à pessoa por quem lutava pelo amor, eu! Lendo, cada vez mais eu me sentia envolvido por ele, por sua vida, pelo jeito de ser, pelas doces palavras que soavam como uma suave poesia numa canção de amor do meu aluno Matias José por mim.
“Ele é outro homem, não posso, não quero, não é correto principalmente por eu ser um padre”!
Meus pensamentos contraditórios fervilhavam lendo cada palavra de Matias José. Perdi-me envolvido na leitura me imaginando nas cenas quentes e excitantes que ele relatava seus sonhos de viver nos meus braços. Foi incontrolável minha ereção que lendo não percebi estar levantando batina! Acho que passei por maluco com minha atitude, devido o susto ficando sem jeito por estar lendo segredos dele sem sua ordem e me flagrou...
— Ele mostra que você me deseja, padre?!
Não poderia ser em pior momento ele ter despertado olhando meu membro que fazia questão de se exibir. Foi tudo tão rápido?! Tremo lembrando daquela situação embaraçosa que Matias flagrou-me lendo seus segredos e completando entra um doutor no quarto e do susto eu no impulso, envergonhado, nervoso, peguei o diário de Matias batendo em meu membro ereto embaixo da batina, era uma surra nele... Batendo nele e sapateando desesperado... Que furo...
Abismado o doutor estático na porta tentando descobrir que merda eu estava fazendo, eu imaginei que o meu membro perdesse ereção instantânea com a surra de diário com capa dura e grossa. Matias José chorava rindo por saber eu estar tentando disfarçar em pânico minha ereção para que o doutor não visse, ele tinha visto?!
Eu pulava como pipoca me embolando na batina surrando meu membro, o doutor sério e preocupado me perguntou:

— Tudo bem, padre? — Não doutor, uma barata! — Baratas aqui?
Nada respondi, sapateei matando a barata imaginária, o olhei com a maior cara de tacho... - Pronto, ela mooorreu, já era?!
Sentei-me rápido sob crise de risos do doutor...
— Olha padre, não o conheço mais discordo da idéia de um padre não ter ordem para casar e ereções são comuns, afinal, o padre é um homem como eu, meu paciente e todos os outros. Não se acanhe padre, eu percebi sua ereção e uma surra nele vai adiantar?
Vermelhei, amarelei, fiquei roxo de vários tons para responder o... — É?! Mais sem graça da vida!
Que vergonha e desatino, eu sai indo a capela do hospital. Voltei um tempo depois me desculpando com Matias José, olhando-me como um homem maduro segurou minha mão depois de beijá-la, mas nossos instintos sexuais mais fortes que ambos nos sujeitaram a um beijo de amor.
Puxou pelo meu pescoço forçando-me curvar-me sobre ele deitado e caí em tentação o beijando com intensidade. Nossas respirações e discretos gemidos abafados pelos lábios quentes um do outro, provou que eu não conseguiria resisti-lo por muito mais tempo!
Tentaria escapar dele, de mim mesmo, das ereções, de tudo aquilo que me atormentava e resistiria até quando fosse possível e durou pouco tempo... Naquele beijo quente e molhado nossos membros pulsantes desejosos por prazer, ainda no beijo. Assustado eu senti um líquido quente escorrendo de dentro de mim, meu corpo estremeceu por inteiro e pensei estar tendo crise nervosa pelos estremecimentos convulsivos no meu corpo, minhas pernas bambearam, soltei meu peso em cima dele deixando escapar um longo gemido abafado no pescoço de Matias José, sussurrando a ele sem eu compreender o que acontecia comigo, nunca havia sentido aquilo antes...
— Estou zonzooo Matias José... Hãããããããm...
Ele sorriu beijando meus cabelos me dizendo que eu havia tido um orgasmo e na verdade creio que foi mesmo e o primeiro em toda minha vida...
Que meleca e que alívio desconcertante?!
Envergonhado pelo acontecido recuperando do tremor e fraqueza que eu sentia fui ao banheiro dando de frente com padre Geraldo entrando na porta me olhando como se soubesse o que eu havia feito com Matias José, mas veja o que ele me disse me fazendo quase desmaiar pelo susto...
— Satisfeito padre Leonardh?
— Como assim satisfeito, padre Geraldo?
— Seus alunos estão revoltados com seu substituto nas suas aulas e formou praticamente uma rebelião dentro do seminário, exigem aulas com você, não com padre Arnoldo?!
— Amanhã cedo retorno as aulas, padre Geraldo?!
— Acho bom, padre Leonardh!
Ele entrou indo ver Matias José, no banheiro fiz higiene agora tremendo ainda mais pela bronca de um dos meus superiores... O que os seminaristas haviam aprontado eu não sabia, mas para o padre Geraldo se alterar, deveria ter sido coisa séria, saberia na manhã seguinte ao retornar para minhas aulas. Matias José ficou internado mais 2 dias e eu o visitava sempre ao menos alguns minutos livres que eu tivesse. Chegando na porta da sala de aula, o silêncio dominava os corredores do seminário, antes de entrar parei na porta olhando-os. Cabeças baixas amparando rostos nas mãos alguns deles rabiscavam seus cadernos, outros liam e aparentando tristeza, eu falei sorrindo...
— Oi pessoal?! -Olharam-me num sorriso-
— Oooooooooooooiii padreeeeeeeeeeeeeee?!

CAPÍTULO III
Relatos das revoltas e surpresas!

Sentei-me realizar uma geral de quem estava presente e não naquela aula, todos, menos Matias José que desejosos por saberem do estado de saúde dele e relatei... Eu dei início a uma conversa informal para saber o porquê da rebelião feito por eles na minha ausência e foi surpreendente. Como eles se acanharam em responder-me oralmente, tive a idéia de pedir para que escrevessem em forma de redação, um desabafo, como se escrevessem seus diários quem era habituado.
Passamos a aula toda com o tema:
“Por que minha rebeldia sem o padre Leonardh?”
Fim de aula e executei mesmo tema em todas as turmas. A alegria era geral das turmas ao me verem entrar na sala de aula, nem havia percebido antes o quanto gostavam de mim.

Senti-a feliz e ao mesmo tempo pensativo o que estava havendo se todos os padres os tratavam bem por igual e o padre Arnoldo além de excelente professor, sempre fora amigo e querido por todos. Não compreendia a rebeldia deles na minha ausência, mas lendo todos os relatos durante a noite fui descobrindo coisas de cada aluno das turmas.
A cada novo relato mais eu me apavorava...
Escritas na grande maioria como confissão as malandragens aprontadas na rebeldia deles, eu ri muito de alguns relatos, me assustei demais com outros e me senti o causador de tudo aquilo ao ler declarações de paixões e desejos por mim. De início pensei serem zombarias dos rapazes, pois eu dava aula para rapazes acima dos 18 anos e jovens aprontam mesmo, antes fosse zombarias, eram sérios os relatos e foi onde eu descobri existirem em todas as turmas mais de 30 Matias, homossexuais e bissexuais, dito por alguns.

Perguntava-me lendo e resmungando onde foi que eu havia errado com meu comportamento para com esses “Matias José” existentes nas turmas. Tinha certeza de ter sempre sido bom amigo a todos e atencioso, companheiro nas horas de lágrimas e dores assim como na alegria.
“Onde errei para despertar paixões neles?”
Passei remoer essa pergunta examinando minha consciência e não encontrava resposta. Somente ocorreu maior expressão de afeto em relação a Matias. Antes disso eu nunca sentira nada de “anormal” com outros seminaristas... Onde errei? Depois do exame de consciência tive a certeza de não ter provocado tais sentimentos e desejos por mim, não consciente como aconteceu com meu aluno Matias. Tanto que, a maioria deles dizia saber eu não ter jeito de homossexual, mas aconteceu à paixão observando meu jeito de ser, jeito de caminhar, de falar, meu tom de voz, minha beleza masculina dito por eles, não acho eu ter exuberante beleza, sou apenas um homem.
Fui frente ao espelho conferir o que diziam sobre eu ser lindo, sacudindo a cabeça descordando deles tornei ler os que ainda faltavam e três desses relatos me atemorizaram. Um dizia saber que Matias José me amava, outro que estava estampado em nossas testas que tínhamos um caso e o terceiro fora pior.
Como ele sabia nem fazia idéia, mas sabia de nós dois e este foi o mais revolto e seu relato falava exatamente assim:
...Sabe padre Leonardh, nunca me imaginei nos braços de outro rapaz e adivinha com quem são meus mais ardentes desejos da carne?
...Você padre, é sim e não estou zoando e nem teria por que eu fazer isso contigo, não acha? É, mas me parece eu ter chegado tarde por que acha eu ser bobo? Não sou bobo e eu percebi seu fascínio pelo meu amigo de classe e de quarto, o Matias José. Poderá morrer negando padre Leonardh e não vai me convencer que estou vendo coisa onde não existe por que não fui eu que falei dormindo...
...Ele mesmo se entregou falando durante seu sono conturbado e todos nós do quarto ouvimos sua confissão. Ele te ama e percebemos você ter grande queda por ele, pensa que nós não percebemos, padre? Tenho a muitos daqui nas mãos e você é um dos muitos, mas não se preocupe que eu não sou de tirar proveito dessas coisas, bom, não se me faz bem, hehe... Gelou não é professor? Por tanto, o melhor que tem a fazer é me encontrar no jardim de inverno dos fundos às 23 horas de quarta-feira, ainda terá um dia pra pensar, ou... Quem sabe eu resolva abrir minha boca aos superiores. É, eu falei não fazer uso do que sei se caso não houver interesse, mas tem algo que me interessa nessa jogada, você! Estarei te esperando e para seu bem, esteja lá padre Leonardh... Eu te amo. Seu aluno Victor, não me odeie por isso!
Assustado lendo tudo aquilo, apavorado por saber que 15 alunos sabiam sobre o Matias José e eu, não sabia até onde poderiam ter ido as confissões de Matias José durante o sono e para saber somente Victor poderia contar-me.
Agora compreendia por que eu era um dos professores mais aguardados das turmas, por acharem eu ser gay, nem eu sabia ser e continuo assim até o momento, sem saber o que pretendo da vida! Chegou quarta-feira e fui me encontrar nos jardins de inverno nos fundos do seminário, ele estava lá, sentado sorrindo me aguardando:
— Sabia que viria padre Leonardh?!
— Por ventura deixou-me escolha, Victor?
Disse que não num gesto de cabeça, sentei ao seu lado e pedi que fosse contando sobre o que Matias José havia comentado em seu sono:
— Falou pouco, disse que sua boca tem um sabor especial ou seja, se beijaram, né padre?!
— Ele pode ter imaginado tudo isso e sonhado Victor e ter falado, nada prova?!
— Não né? Sei... Então nada prova, ele ter te pedido perdão por ter te beijado e ficar feliz falando da tua ereção pelo beijo que os dois tiveram embaixo da escadaria? Sei que não prova padre Leonardh?!
Gargalhou andando de um lado a outro de mãos no bolso, chutou uns pedregulhos me olhou aguardando uma resposta:
— Então, não tem nada a me dizer padre?
— O que deseja que diga depois de eu saber que Matias José fala dormindo? Já sabe de tudo, mas...
— Não o ama isso? Diga que não professor, diga que somente tem desejos por ele e não passo disso, que sou eu a quem você ama!
Levantei-me nervoso pela situação:
— Não amo a ninguém Victor, não como homem e muito menos como gay, eu não sou e depois, Matias José é quem me ama, qual a culpa que eu tenho do que ele sente por mim ou todos os outros... Esquece!
— Eu sei que você é desejado por muitos, suas aulas são boas e divertidas, mas acha ser só por isso? Fizemos a rebelião por que na verdade os superiores nos obrigaram. Da maneira que nos explicaram sua ausência nos pareceu somente Matias ter valor aqui dentro e isso nós não admitimos partindo a rebelião.
— Fizeram o que exatamente, Victor?
— Colocamos perfume no lugar de produtos de limpeza e produtos de limpeza no lugar de loção de barbear, pior padre Gustavo teve alergia das bravas e o padre Serafim por que colocamos cal no lugar do talco para seus calçados, no refeitório guerra de alimentos, greve de trabalho, mais coisas...
— Malucos, por isso os dois estão afastados de suas atividades, isso não se faz Victor! Estou tendo de substituir todas as aulas deles o que me custa sem tempo para respirar. Protestassem de outra forma sadia e madura, não acha terem errado?
— Claro que erramos, mas deu certo e não se esquece que por dias estamos com você três aulas diárias, bom para nós que o vemos mais vezes. Mandamos para o padre Geraldo diretor, que nos aguardassem se você não viesse nos dar aulas no dia seguinte e todos sem exceção, assinamos a carta! Não se preocupe, ele acha que é por que nós adoramos sua matéria e não é somente por isso...
...É por gostarmos de admirar sua beleza masculina e jeito de ser. Falando nisso, quero um beijo e sabe que não pode se negar a isso padre Leonardh, eu o tenho em minhas mãos?!
Revoltei-me dizendo que isso não era justo, nem parecia que gostava de mim se usava de chantagem, me disse saber ser a única chance de ter meu beijo ou carinho vindo da minha parte.
Pensei, repensei e como não era somente ele quem estava sabendo sobre eu e Matias José, não poderia me arriscar. O beijei rapidamente depois de angustiado me espremendo na tentativa de dar o beijo nele. Ele percebeu não ter jeito para avançar sinal me agarrando num beijo molhado, demorado mais de quinze minutos, excitante e bom, saí correndo com meu membro parecendo quebrar se eu o batesse. Gritou de longe...
— Sabia que gostaria do meu beijo padre?!
Deitei-me depois de orar bastante e em pânico imaginando se ele falasse aos outros da chantagem e todos cometessem a mesma atitude dele e acontecendo isso exato três dias depois, mas não me comunicaram. Indo a uma capela mais distante do seminário ainda nas mesmas terras, os mais de 30 “Matias”, me aguardavam como numa emboscada me cercando, quem comandava a “gangue”, era Victor:
— Oi padre Leonardh, todos desejamos uma coisa de você, é simples, rápido, indolor e...
— Não farei nada rapazes, esqueçam?!
Fui caminhando, eles também me rodeando:
— Só queremos que você se masturbe sem tocar em nenhum de nós e juramos nunca mais te perturbar padre Leonardh, é nossa promessa!
— Como poderei saber se não estão blefando?
— Aqui está pronto e assinado por todos nós, por isso poderá confiar padre e ainda nós guardaremos segredo total de você e Matias José?!
— Estão malucos, nunca fiz isso nem quando menino, como vocês acham eu ter coragem agora frente a 30 marmanjos?
— Nada de mais padre, sabemos e já ouvimos outros padres se masturbarem a noite.
— Como sabem disso?
— Corredores dão eco esqueceu padre? Gemem, urram seu gozo e vai saber se é somente por que estão se masturbando, afinal, todos são homens comuns. Tem alguns padres que vimos. Um vê, corre chamar outro e assim vai. Gostamos assistir e ouvir os urros abafados.
Outro sério e tímido disse que eu fizesse e logo estaria tudo pronto, eles satisfeitos e tudo acabado. Eles ergueram suas mãos em juramento solene oralmente que me deixariam tranqüilo se eu me masturbasse. Apenas iriam se divertir me olhando na masturbação.
Pensei, repensei num tremor desesperador e eu sem saber exato o que dizer ou fazer:
— Então padre Leonardh, tomou uma decisão?
— Sim, eu...

Leonardh

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